segunda-feira, 13 de agosto de 2018

"MÃES SOLO"

ASSUMINDO DOIS PAPEIS: MÃE + PAI




"Mães solo" são mães que não têm o apoio do pai da criança, nem nas atividades diárias nem financeiramente. 
Em primeiro lugar, é preciso dizer que ser pai e mãe ao mesmo tempo tem de ser a última alternativa. É muito mais difícil, e, principalmente, a criança tem o direito de ter um pai presente. 
Mas se todas as possibilidade forem esgotadas, essa será a realidade?
No sentido prático, sim.
É sim possível para uma mãe conseguir dar conta de tudo o que o filho precisa para sobreviver, na prática, de todas as necessidades materias. E toda mãe solteira faz o possível para que seu filho se sinta mais que amado e confortado. 
Quem mais sofre com essa história de ser pai e mãe, na verdade, é a própria mãe. É possível fazer o papel de pai e de mãe, embora isso sobrecarregue quem assume esses dois papéis, lembrando que também há pais solteiros nessa mesma situação. O ideal, claro, é que os dois participem dos cuidados e educação dos filhos.
Na maioria dos casos, se se pudesse escolher, não haveria por que querer fazer tudo sozinha. Dividir a responsabilidade e a incrível experiência de ter um filho com um parceiro é o padrão e o sonho de quase todo mundo. Mas na vida não dá para controlar tudo. 
Em termos operacionais, quando necessário, a mãe consegue suprir todas as necessidades do filho, mas é preciso reconhecer que o trabalho é enorme, e é sempre necessário contar com a colaboração da família ou de pessoas próximas.
Por outro lado, quando a criança cresce, a divisão das decisões faz falta. Como só você decide, pode se sentir encurralada quando a criança pedir alguma coisa, ou quando for necessário dar uma bronca. Nesse caso, é bom se acostumar desde cedo a dizer que precisa de tempo para pensar sobre o assunto, e até reconhecer que vai trocar ideias com outras pessoas, antes de decidir. 
Mães e pais muitas vezes se revezam em momentos de tensão. Um socorre o outro. Você vai precisar saber se afastar da situação complicada até conseguir esfriar a cabeça e pensar mais claramente. E não há problema nenhum em seu filho saber que você precisa desse tempo.
Não dá para substituir a figura masculina.  Por isso "mães solo" devem procurar promover a convivência do seu filho com alguém que seja uma referência masculina, que tenha significado afetivo. Não adianta ficar escolhendo muito o "exemplo ideal"  e forçar o convívio porque a convivencia só será natural se houver afeto envolvido.
Por fim, desejo que apesar de todas as dificuldades, as "mães solo" tenham muito orgulho em dizer que seu filho é feliz por tê-las como pai e mãe. Não porque tenham 'suprido' a necessidade do pai, ou porque assumiram completamente o papel deles, mas porque o fizeram felizes da maneira que puderam.


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