A ILUSÃO DE SER

COM A MORTE A ILUSÃO DE SER DESAPARECE

O momento da morte de alguém próximo traz sua própria morte em sua mente. O momento da morte é uma grande revelação. Isso faz você sentir impotencia e desamparo. Faz você vê que você não é. A ilusão de ser desaparece.

Qualquer um será sacudido porque de repente você vê que o chão debaixo de seus pés desapareceu. Você não pode fazer nada. Alguém morre: por esse alguém você gostaria até mesmo de dar sua vida, mas isso não é possível. Nada pode ser feito; a pessoa simplesmente se vê em profunda impotência.

Esse momento pode lhe fazer deprimido. Esse momento pode lhe tornar triste ou esse momento pode lhe conduzir numa grande jornada para a verdade... uma grande jornada para a busca. O que é essa vida? Se a morte chega e a leva, o que essa vida é? Que significado ela tem se somos tão impotentes contra a morte? E lembrem-se, todos estão no leito de morte, eu e você. Após o nascimento todo mundo está no seu leito de morte. Não existe outra maneira. Todas os leitos são leitos de morte porque após o nascimento só uma coisa é certa: a morte.

Alguém morre hoje, alguém amanhã e alguém depois de amanhã: qual é basicamente a diferença? Tempo não pode fazer muita diferença. O tempo só pode criar uma ilusão de vida, mas a vida que acaba na morte não é e não pode ser a verdadeira vida. Ela deve ser um sonho.

Vida só é autêntica quando é eterna. Do contrário, qual é a diferença entre um sonho e aquilo que você chama de sua vida? Durante a noite, em profundo sono, um sonho é tal real como qualquer outra coisa é, tão real – até mesmo mais real do que aquilo que você vê com os olhos abertos. Pela manhã o sonho se foi, nem mesmo um rastro sobrou. Pela manhã quando você está acordado você vê que foi um sonho e não uma realidade. Esse sonho de vida continua por alguns anos; então subitamente a pessoa desperta e o todo da vida prova ser um sonho.

Morte é uma grande revelação. 

Quando sabemos da morte de alguém lamentamos profundamente. Mas nós estamos no mesmo barco, no mesmo apuro. A morte baterá na sua porta qualquer dia. Esteja pronto. Antes que a morte bata, você não deve ser apanhado no meio; senão você morre numa tremenda pobreza, uma pobreza interior.

Vida, vida real, nunca morre. Quem morre? Seu Eu.

Use a morte dos outros, use tudo como uma oportunidade.

Sente-se silenciosamente e reflita. Deixe que a morte deles seja uma indicação para você para que você não prossiga desperdiçando sua vida. O mesmo vai acontecer com você.