ENQUANTO NÃO FORMOS INTEIROS, COMPLETOS E REAIS NÃO ESTAREMOS PRONTOS PARA O ENCONTRO COM O OUTRO
O amor não aceita desaforo, violência, desamparo, vaidade, preconceito ou orgulho. Não se prende a bens materiais, aparências, beleza física vazia, tampouco a desprezo. Não suporta ser esquecido, maltratado, cobrado, nem se rende a perfumes, flores e outros presentes, se isentos de sinceridade. Amor não se compra, amor não se ludibria, amor não se corrompe. É forte o bastante para resistir à dor, à doença, às cicatrizes no corpo e na alma, embora sucumba, mesmo que lentamente, à traição e à mentira, à dissimulação e ao abandono.
Não se ama sendo o que não quer ser, falando o que não tem fundamento em si, agindo contrariamente aos impulsos, sobrepondo o outro a tudo o que é seu. Porque o amor brota de dentro de nossas verdades para sair à procura de onde houver arrebatamento sincero. Enquanto não formos inteiros, completos e reais, não estaremos prontos para o amor, para o encontro com o outro, pois não seremos dignos de receber de ninguém o que não estivermos dispostos a dar em troca.
Não estaremos preparados para compartilhar amor pleno, caso ainda não tenhamos certeza de quem somos, do que e de quem queremos, caso ainda não sejamos honestos por inteiro.
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