sexta-feira, 13 de novembro de 2015

CASAMENTO> PROCESSO INCESSANTE DE ESCOLHA E LIBERDADE

O AMOR NÃO É AQUILO QUE VOCÊ RECEBE. É AQUILO QUE VOCÊ OFERECE


"O sucesso do casamento é muito mais do que encontrar a pessoa certa; é uma questão de ser a pessoa certa.” –B. R. Bricker


O elemento mais comum no imaginário amoroso das pessoas do séc. XXI é, talvez, o da “pessoa certa”. Estou cansada de ouvir frases assim: “Ainda não encontrei a pessoa certa” ou “Será ele o cara certo para mim?”. A “pessoa certa” para quem, para o quê? Para o grande “eu”, foco de nossas atenções. Para a importantíssima “minha felicidade”, claro.
A pessoa certa é aquela cujos atributos se acoplam perfeitamente com todos os nossos desejos, hábitos, vícios e peculiaridades. Se sou carente, quero um super protetor traumatizado . Se gosto de vinho, adoraria um homem que seja quase um degustador. Se o cara é fascinado por peitos, uma mulher tábua não serve. E assim vai!
Tal lógica seria perfeita em um mundo intocado pela impermanência. O problema é que nossas preferências, hábitos e desejos mudam a todo instante. Já tivemos nossas fases carente, acadêmica, cultural, caseira… E assim tem gente que vai trocando de parceiro. A situação a que chegamos hoje é simples de resumir: além das relações rápidas, as que tentam ser duradouras dificilmente escapam de situações de traição, adultério e muita, muita dor.
O que aconteceria se invertêssemos essa lógica? Se, em vez de procurarmos pela pessoa certa, tratássemos de ser a pessoa certa? A seguir, vou rascunhar algumas possibilidades nessa outra direção. No entanto, só saberemos se pularmos, mergulharmos e incorporarmos essa outra lógica com nossos poros, retinas, veias. Quem pular nesse abismo?
Pela lógica do oferecer: se estiver em dúvida entre duas pessoas, não escolha a mais engraçada, mas a que ri de suas piadas. Ou seja, não escolha a que tem mais a lhe proporcionar, e sim aquela que mais pode se beneficiar com o que você tem a oferecer.
Em vez de focar suas energias em encontrar alguém belo, contemple seu próprio corpo e se faça uma beleza. Em vez de ficar esperando por alguém inteligente, apenas distribua sua inteligência para qualquer um. Seja a pessoa certa, sem esperar resultados ou retribuições de qualquer tipo.
Não pense que o amor é aquilo que você recebe. Seu amor é aquilo que você oferece. Isso ninguém tira, isso você leva junto para onde for. O amor oferecido não cessa. Ele é amplo, vasto, todo abrangente. O amor recebido, este sim cessa.
Podemos amar com liberdade. Na verdade, é isso que sempre desejamos, sem saber como realizar. Amar com liberdade aqui, não significa adultério, significa que o amor é livre de fixações, livre de personagens. 
Quer ver? Pensa comigo! Após um fim de romance, nossa felicidade não surge quando descobrimos que podemos ser amados novamente. Só quando descobrimos que podemos amar outra pessoa. É a capacidade para o amor que nos alegra. Nossa felicidade não vem do outro tanto quanto vem de nossa própria potência inata de amar e produzir felicidade em todas as direções.
O amor é essa capacidade de oferecer, oferecer, oferecer. Se podemos sempre oferecer, é sinal que sempre temos amor, mesmo quando parece que ele nos foi retirado
Então faça-me um favor. Descubra logo que você pode conquistar e amar qualquer um. Seja você rico ou pobre, feio ou bonito, você tem tudo o que é necessário para fazer qualquer um feliz. Basta liberar seu amor, sem fixações, hesitações ou dúvidas. Enquanto não perceber que seu amor é livre, você continuará testando-o. 
Uma vez solto, canalize tudo em apenas um amor. Depois, tome cuidado para não confundir foco com fixação. Seu amor nunca será dele para que sempre seja dele, momento a momento, em um processo incessante de escolha e liberdade. 
Enquanto você transpirar amor por todo lado, terá o que oferecer e portanto poderá ser totalmente dele. Se em algum instante, porém, você precisar dele para respirar, você não mais conseguirá oferecer e terá de exigir o amor dele. E amor é coisa que não se exige.
Por fim desejo para todos os casais, homens e mulheres completos, um oferecendo ao outro aquilo que nenhum precisa, aquilo que ninguém nunca quis ou pediu . Como se sabe, amor necessário é horrível.
Conclusão >>>>
>quando a gente se ama, o amor do outro vem naturalmente;
> quando a gente não tenta prender, a pessoa fica, prazerosamente;

> quando a gente não precisa, tudo o que vem é lucro, e é muito bom!;
> o amor muda quem ama, e não quem é amado;
> quando a gente dá, o universo devolve.



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