segunda-feira, 21 de agosto de 2017

O CARENTE

CARENTE DE SI MESMO


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Lembre-se, atenção é uma necessidade psicológica. Isso precisa ser entendido. Por que as pessoas precisam de tanta atenção? Por que, em primeiro lugar, todos querem que os outros prestem atenção neles? Por que querem ser especiais? Alguma coisa está faltando dentro deles. Você não sabe quem você é. Você conhece a si próprio apenas através do reconhecimento de outros. Você não tem nenhum acesso direto a si mesmo. Você vai pelos outros.
Se alguém diz que você é bom, você se sente bom; se alguém diz que você não é bom, você se sente muito, muito deprimido – então você não é bom! Se alguém diz que você é bonito, você fica feliz; se alguém diz que você é desagradável, você se torna infeliz. Você não sabe quem você é. Você simplesmente vive a partir de opiniões de outros, você segue colecionando opiniões. Você não tem nenhum reconhecimento – direto, imediato – do sua própria pessoa. Eis por que você pega um “eu” emprestado. Daí o seu anseio por ter atenção.
E quando as pessoas estão atentas a você, você sente como se estivesse sendo amado, porque quando em amor, nós damos atenção um ao outro.
O amor é atencioso – e todo mundo tem sentido falta de amor. Raríssimas pessoas alcançaram a experiência do amor, porque amor é presença espiritual. Milhões de pessoas vivem sem amor porque milhões de pessoas vivem sem espiritualidade. Esqueceram do amor. Como substituir essa lacuna? O substituto mais fácil é angariar atenção de pessoas. Isso irá enganar você, irá te trapacear, dando a impressão de que eles te amam.
Precisamos amar a existência de modo total, não parcial e a existência nos amará. Nesse estado, não há necessidade de pedir nenhuma atenção, de ninguém.
A carência nada mais é do que o afastamento do ser humano dele próprio, trata-se de estar carente de si próprio.


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