VOCÊ SE DÁ CONTA DAS PESSOAS?
Vivemos cercadas de pessoas tão incríveis, tão humanas, com uma subjetividade tão profunda e única como a nossa.
Apesar disso, caminhamos pela vida como se fossem todas, ou quase todas, só figuras de papelão de quem desviamos para não trombar na rua.
Será assim tão difícil enxergar a humanidade das pessoas a nossa volta?
Sempre que vemos um estranho e nos lembramos de já tê-lo visto no dia anterior, é um pouco como se Deus estivesse com poucos figurantes.
A sensação é que somos os protagonistas do grande filme da nossa vida, repleto de figurantes que não importam, com um punhado de coadjuvantes que entram e saem de cena, tudo coroado pela brilhante narração em off dos nossos figurantes.
Na verdade estamos cercadas de protagonistas de suas próprias histórias.
Cada pessoa está protagonizando o seu próprio filme.
Experimente...
Quando estiver em um ambiente público com várias pessoas que você não conhece (ônibus, fila do banco, sala de espera, etc), tente dar-se conta da humanidade, individualidade, subjetividade de cada pessoa a sua volta.
Deixe expandir sua consciência. Se dê conta de que você está cercado de pessoas, de que cada uma daquelas figuras de papelão ali sentadas é um ser humano exatamente tão complexo, tão sublime, tão apaixonante, tão mesquinho quanto você. Uma por uma. Todas elas.
Não é preciso fazer nada externamente. As pessoas não precisam nem te perceber. Basta olhar para cada uma delas por poucos segundos e pensar:
Essa pessoa já foi um bebê fofo.
Esse aqui é a pessoa mais amada da vida de alguém.
Essa outra sentiu todas as suas dores e nenhuma das minhas, e eu nunca sentirei as dores dela, nem ela as minhas; etc.
Faça questão de ter realmente enxergado cada pessoa, de ter considerado sua humanidade individual por pelo menos alguns segundos antes de seguir adiante: aqui está uma pessoa, aqui está outra pessoa, isso aqui também é uma pessoa. Pessoa, pessoa, pessoa. Cada um. Nenhum deles figurantes do filme da minha vida. Todos protagonistas de seus próprios filmes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário