QUAL A MAIOR MOTIVAÇÃO DE SUAS AÇÕES?
Nossas posses, nossos hábitos, nossas falas e nossas ações parecem contar de quem somos. Mas mentimos.
Contam de quem desejamos ser, do que aspiramos projetar, de nossos obstáculos; não do que está por trás. E apesar dessas encenações, lá no fundo sabemos que o que nos move está além, num local não muito claro. Quando ninguém está olhando, essa essência parece aflorar como se estivesse ali todo o tempo, apenas nos esperando.
Para realmente conhecer uma pessoa, proponho um pequeno teste.
*Observe como os outros se movimentam em torno dela. Assim como podemos medir a qualidade de um professor por seus alunos, podemos sentir a presença de qualquer um pela qualidade de sua rede e de suas relações autênticas (e não de sua rede de contatos). A motivação e os movimentos que somos capazes de inspirar contam daquilo que não se mede pelas aparências.
*Observe ainda como os outros falam dela, em especial quando não estiver presente. Esses depoimentos involuntários nos contam de dinâmicas sutis bastante reveladoras.
*Procure descobrir quem ela admira, com quem ela aprende. Nossos mestres e fontes de inspiração dão boa medida de quem seremos no futuro.
*Entenda como ela age quando julga não ter quem impressionar, quando está sozinha ou distante de olhares conhecidos.
*Examine com cuidado as escolhas feitas por ela ao enfrentar situações duras, imprevistas. O que sustentamos no dia a dia é nossa caracterização. Ao sermos pressionados, o caráter aflora.
Pode ser que não tenham entendido bem o que eu quis propor com esse pequeno teste .
Bem, a mensagem central do texto passa por quebrar a noção consistente de um "eu". O pequeno teste " para realmente conhecer uma pessoa" é uma proposta para pensarmos inclusive em nós mesmos.
Ao nos darmos conta de que aquilo que entendemos como nosso "eu" é um amontoado bem mais confuso do que parece à primeira ou segunda vista, talvez possamos nos desapegar mais tranquilamente de hábitos ou posturas desnecessárias.
Ao nos darmos conta de que aquilo que entendemos como nosso "eu" é um amontoado bem mais confuso do que parece à primeira ou segunda vista, talvez possamos nos desapegar mais tranquilamente de hábitos ou posturas desnecessárias.
Talvez possamos olhar com mais lucidez para nossas ações cotidianas, aquelas que rodam no automático, e entender o que elas dizem sobre nós.
E talvez sejamos capazes de olhar com mais clareza para os outros e ver quem realmente está lá, por trás das carteiradas (sejam elas conscientes ou inconscientes).
Sem necessidade de nos sentirmos culpados. Esse texto é um rascunho de pensamentos sem a necessidade de levar a uma ação ou conclusão específica.
Tudo isso é um exercício constante para mim. Publicar esse texto é abrir minhas ideias e fazer pensar: Por trás de você, quem está aí?
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