quinta-feira, 27 de abril de 2017

A ÉPOCA DAS MANIFESTAÇÕES - PERÍODO DE CRISES SOCIAIS E CRISES POLÍTICAS # PARALISAÇÃO

CONTRA REFORMAS QUE RETIRAM DIREITOS


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Agora, que temos uma grande convocação de greve geral para amanhã (28/04), será finalmente veremos estabelecimentos fechados? Acho pouco provável. O Brasil passa por um novo ciclo político cujas consequências dos enfrentamentos sociais postos ainda são incertas.
As pessoas estão convocadas a ir para as ruas contra essas reformas que retiram direitos.
O fato é que as manifestações revelaram que muita coisa incomoda o povo brasileiro. Há uma insatisfação geral com os rumos da nação, especialmente com a falta de honestidade, que não é obra dos nossos dias, mas que se “aprimora” cada vez mais, e é inegável!
Parece que o Brasil entrou na época das manifestações sindicais e sociais, o projeto de reforma trabalhista sinalizado pelo atual governo brasileiro tá fazendo com o que o movimento sindical e os movimentos sociais se movimentem.
Quando o presidente Michel Temer tomou posse disse em palavras bonitas, que ia "modernizar as leis trabalhistas, para garantir os atuais e gerar novos empregos”. Para mim, tal modernização tá é abrindo caminho para uma série de mudanças destrutivas para a classe trabalhadora. Não precisa ser esperto demais, nem um cientista político pra saber que Governo nenhum que destrói direitos diz que vai destruir direitos, né?! Se o governo dissesse 'eu vou devastar', 'eu vou fazer uma verdadeira devastação social' ele teria o repúdio. Então, a grande mágica, a falácia que é profunda falsidade, é dizer que vai criar direitos, e não que não vai destruir direitos. 
Porém tais medidas não são inevitáveis, como eu quero crer, o movimento sindical pode se movimentar e tentar impedir e os movimentos sociais podem fazer o mesmo.
Tudo leva a crer é que a ideia do governo não é avançar nos direitos mas enfraquecer o conjunto da classe trabalhadora e traz a corrosão dos direitos. Não há negociação em condição de crise que beneficie a classe trabalhadora, junto vem a ideia de avançar na terceirização do trabalho. A terceirização do trabalho é também dita pelo governo como um caminho para criar empregos, mas isso é outra falsidade enorme. 
Alguém pode dizer, como eu já vi numa entrevista "mas existem hoje 12 milhões de terceirizados no Brasil, são 12 milhões de empregos". Um número significativo de trabalhadores hoje é terceirizado -- homens e mulheres terceirizados --, só que, até onde eu sei, os trabalhadores terceirizados e as trabalhadoras terceirizadas trabalham em média mais horas semanais do que os trabalhadores regulados pela CLT. Se eles trabalham mais horas e recebem menos, onde existem três ou quatro trabalhadores ou trabalhadoras celetistas, eles vão ser substituídos por três ou dois trabalhadores ou trabalhadoras terceirizados. 
Basta um pouco de aritmética e de matemática para saber que onde um número x de trabalhadores realizava um certo tipo de trabalho, agora esse mesmo trabalho, essa mesma atividade será realizada por um número inferior. Ou seja, a terceirização desemprega. Ela não emprega. Ela empregou 12 milhões, mas ela desempregou 15 ou 16 milhões, em condições mais adversas, porque os salários são significativamente menores e em condições de trabalho que frequentemente burlam a legislação do trabalho.
Parece que a gente tá entrando numa época de confrontação social, de manifestações sindicais e sociais, o que não depende nem de longe de imaginar que o governo vai ter calma e tranquilidade. Estamos num período de crises sociais e crises políticas, porque esse governo não tem legitimidade e a única certeza que nós temos é que o dia de amanhã é razoavelmente imprevisível.



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