segunda-feira, 10 de abril de 2017

MUITO AJUDA QUEM NÃO ATRAPALHA

AJUDA TEM LIMITES

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Ninguém precisa sair correndo para se candidatar ao cargo de prefeito da cidade ou de presidente dos Estados Unidos para ajudar as pessoas. Podemos começar pelos parentes, pelos amigos, e pelas pessoas que estão à nossa volta. Na verdade, podemos começar por nós mesmos. O importante é perceber que não há dia de folga. Não podemos simplesmente parar e ignorar a vida a nossa volta. 
Porém toda ajuda em excesso pode caminhar para um grave problema, não sendo difícil encontrar exemplos para demonstrar isso. Quando alguém pede ajuda, normalmente quer uma solução para uma questão específica, de um problema ainda maior, e para a ajuda não atrapalhar, precisamos entender onde começa e termina essa interação. Ao invés de ajudar, sua ajuda pode acabar atrapalhando, sendo um problema ainda maior.
Quando interferimos muito, tentando ajudar demasiadamente, podemos acabar extrapolando o limite desejado.
É importante garantir que nossa disposição não provoque comportamento indesejado naquele que recebe o apoio.
Outro ponto importante para ressaltar, é que não devemos assumir a responsabilidade, nos comprometendo com o problema do outro. Isso pode gerar uma acomodação daquele que recebe o apoio e destruir qualquer incentivo para que ele resolva a questão efetivamente, já que agora quem se importa com isso é você. Por isso é tão importante não executar a ação, mas apontar formas de concretizá-la, principalmente para que na próxima vez a pessoa consiga prosseguir sem auxílio. Em muitos casos, a intervenção ampla acaba criando um verdadeiro refém, não capacitando a pessoa para resolver seus problemas e obrigando a voltar sempre que precisar, ao identificar que existe um comodismo, é necessário mudar a postura, forçando que a pessoa assuma novamente o próprio fardo.
Pode parecer uma frase negativa e desestimulante para aqueles que desejam se abrir para ajudar as pessoas, mas na verdade serve como um aviso. Muitas vezes acreditamos que uma é ajuda algo rápido, desconsiderando o lado negativo que pode surgir. O lado positivo da ajuda é a sensação de satisfação que sentimos ao executar o gesto, mas muitas vezes vamos sofrer com o arrependimento de acabar numa situação que não gostaríamos.
Sabe quando você oferece para dar alguma ajuda, mas agora gasta entre 3 e 4 horas diárias trabalhando para a pessoa, que se apoderou da sua rotina?
Por isso ao escolher ajudar precisamos logo de inicio aceitar que efeitos colaterais podem acontecer e em sua maioria são normais.
Nestes casos é importante saber se impor, declarar o limite e dizer que a partir dali não pode mais fazer nada. A situação pode ficar meio estranha no início, mas o limite serve muito bem para fazer o outro entender onde termina um favor e começam os meus próprios problemas. 
Este jogo de cintura é importante, porque pessoas podem se ofender facilmente e isso talvez sensibilize as relações, quando na verdade o objetivo é sempre o oposto.
Ajudar, assim como receber ajuda, faz parte de um processo comum em nossas vidas. Observar como estes mecanismos afetam nossa relação com as pessoas pode ampliar ainda mais os resultados, já que desse jeito, se tornam tanto abertos para ajudar, quanto relaxados para receber esta ajuda.

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