SE NÃO EXISTISSEM PESSOAS PARA JULGÁ-LO, COMO VOCÊ DARIA VALOR AS COISAS?
O que te faz retroceder diante do julgamento alheio? Por que você se preocupa tanto com a opinião do outro? O que mudará se alguém não achar sua roupa bonita?... Ou mesmo que você não presta?
É interessante pensar na nossa noção de valores e ver o quanto ela é movida pelo senso comum. Ver que ela nada mais é do que a proposição superficial de que algo seja normal, baseado em uma compreensão que vem de outras gerações.
Acredito que o senso comum tem a ver com preguiça de pensar, questionar e avaliar os modelos e padrões sociais. Muitas pessoas vivem presas a visão do outro. Alguns vivem somente pela visão do outro.
Muitas vezes calamos por medo de perder o que temos (ainda que não estejamos satisfeitos com o que temos), outras vezes por receio do julgamento alheio (ainda que, efetivamente, o outro não esteja muito preocupado com nossa vida). Temos, às vezes, a impressão de vivermos uma história criada por outras pessoas.
Esse medo do julgamento dos outros impede você de ser quem você é, de se mostrar tal como é, de manifestar seus gostos, desejos e convicções, de se desenvolver, de se expandir segundo a sua própria natureza, livremente. Portanto é muito nocivo.
Se você deseja se livrar desse ou de quaisquer outros medos deve tentar compreendê-los. Se você descobrir a verdadeira natureza do seus medos, ele está acabado, foi descoberto.
E você finalmente terá paz!
Talvez a verdadeira paz seja diferente da paz que você sonhou um dia... Quando era jovem ou imaturo. Talvez tenha imaginado que ter paz fosse poder fazer o que quiser, repousar, ficar em silêncio e jamais enfrentar uma contradição ou uma decepção. No entanto, o tempo vai nos mostrando que a paz é resultado do entendimento de algumas lições importantes que a vida nos oferece. A paz está no dinamismo da vida, no trabalho, na fé... está em ter a consciência tranquila, em ter certeza de que se fez o melhor ou, pelo menos, tentou, assumindo as responsabilidades e cumprindo uma a uma, em ter equilíbrio nos momentos mais difíceis da vida, ter ouvidos que ouvem, olhos que vêem e boca que diz. Em não querer que os outros se modifiquem para nos agradar, em respeitar as opiniões contrárias, esquecer as ofensas, aprender com os próprios erros, dizer não quando é não que se quer dizer...ter coragem de chorar ou de sorrir quando se tem vontade... ter forças para voltar atrás, pedir perdão ou agradecer... é admitir a própria imperfeição e reconhecer os medos, as fraquezas, as carências... ter a tranqüilidade de aceitar os outros como são...aceitar o que não pode ser mudado e ter lucidez para distinguir uma coisa da outra.
E o mais difícil... admitir que nem sempre tem razão e, mesmo que tenha, não brigar por causa disso.
A lista é grande e não é fácil não, por isso é preciso vontade e coragem!
*Sobre o julgamento alheio tenho a liberdade de não me importar com ele*
ROSANE
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