CARNAVALIZAR É PRECISO
O carnaval chegou mais uma vez, tá na porta! É engraçado mas muita gente espera com ansiedade a chegada dessa grande festa popular, que infelizmente muitos confundem com outra coisa. Independente da loucura alheia o carnaval ainda tem o seu público, graças a Deus!
E tem carnaval pra todo gosto, diversos tipos para os mais diferentes públicos, existem até para aqueles que querem ignorar a todo custo e para os que o detestam. Porque como dizem por aí, Carnaval é como a lei da gravidade, não dá para escapar e reclamar é mais ou menos como xingar Newton: efeito zero.
Carnaval é hora de “brincar” e toda uma técnica é colocada à disposição, para que a gente troque um pouquinho a realidade natural por uma “realidade” artificial, mais animada que aquela que normalmente a correria do dia a dia nos permite.
Quando eu era moleca, carnaval era o momento de vestir uma fantasia linda feita pela minha mãe, colocar milhares de estrelinha na cara e se encher de purpurina, lançar confete e serpentina pelo ar e jogar água um nos outros com bisnaga. Tinha mãe que não gostava daquela zona de molhar a criança dela, mas “é carnaval, o que vai se fazer?”. A gente dançava, no coreto da rua e na matinê do clube, desordenadamente aquelas músicas meio bobas que falavam de colombina e cabeleira do Zezé. Era farra, não tinha ordem. Não tinha essa de seguir a coreografia e ficar todo mundo com cara de aluno de aula aeróbica, decorando os passos. Caos no carnaval agora é só engarrafamento , cerveja cara e aumento no números de acidentes por embriaguez. Acho que perdemos algo do carnaval no meio do caminho.
Lamentações e nostalgia à parte, participar do carnaval é participar de uma festa popular, tradicional, de família e saudável. Foram assim todos os meus carnavais.
Dependendo da sua vibe...que maldade há? Carnaval é tão legal... entre os que gostam aparece o doutor vestido de enfermeira. A professora sai na rua fantasiada de minie. A criançada joga espuma. O mendigo, de calça social e chinelo de dedo, dança ao lado do policial. Oficialmente, ao menos por cinco dias, as diferenças são atenuadas, pelo som do carnaval.
Difícil nomear quem sai à rua nesses dias de festa. Pessoas casadas, solteiras, viúvas, crianças de colo, idosos e cadeirantes. É mais fácil contar quantos confetes cabem num saquinho de trezentas gramas, do que tentar descrever em detalhes essa singular festa brasileira. O carnaval é de todos. O país, no carnaval, é de todos. Pena que no resto do ano a fantasia vira uniforme e poucos aproveitam o baile.
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