quarta-feira, 23 de setembro de 2015

A SUPER AMÉLIA

AMÉLIA OU NÃO AMÉLIA 


Primeiro que, vamos combinar, a luta da jornada carregada não é novidade. Faz algum tempo que muitas mulheres estão lutando entre trabalhar pra caracas e chegar em casa, cuidar das crianças, da louça, do cabelo, da unha, do marido. Tem que fazer tudo, e fazer tudo direito.
O que aconteceu foi que tentaram se livrar de um estereótipo e se prenderam a outro. Mulher perfeita e de sucesso, invejável, é aquela que engrossa a voz onde trabalha, ganha uma grana preta, viaja, compra o que quer, não sabe a diferença entre alvejante e água sanitária e não, não quer ganhar um liquidificador de presente.
Não é a sociedade, os homens que estão confusos (querendo uma mulher que seja perfeita profissionalmente e ainda tenha os dotes estereotipicamente femininos dos afazeres da casa). Nós estamos, gravitando entre duas possibilidades: a Amélia e a mulher-macho, a cara,  que rejeita a Amélia com todas as forças.
Mas a real é que não é Amélia ou não-Amélia. Não é masculina ou feminina. Vamos nos encontrar na escala que existe quando nos libertarmos de verdade das referências estereotipadas.

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