segunda-feira, 7 de março de 2016

PARA ALÉM DAS INFORMAÇÕES VOLÁTEIS

COMO DIRIA CAETANO: QUEM LÊ TANTA NOTICIA? 

Gente existem coisas demais para consumir. Queremos ler textos interessantes, notícias, livros, filmes e documentários. A lista de conteúdo disponível não para de crescer. Todos somos vítimas dessa enorme quantidade de informação que o mundo e a internet nos traz, mas a boa notícia é: você não precisa consumir tudo que é apresentado.
Vejo que muitos criaram uma especie de dependência pela informação, um vício em saber tudo sobre os assuntos que estão pipocando no momento. Lê as novidades tecnológicas, as decisões do escândalo de corrupção, tem opinião sobre as últimas políticas aplicadas ou quantos pontos a Petrobrás bateu ao fechar.
Mas pensando bem, essas informações não possuem impacto algum na vida das pessoas, é apenas um vício em se sentir por dentro, em querer saber mais que os outros. É a urgência em se sentir melhor que alguém por saber algo que ele pode não saber, sei lá.
O problema está em nos contentarmos apenas com informações superficiais. Sabemos pouco sobre tudo, e menos ainda do que sabemos pode ser aplicado em algo.
A ideia é cortar o que não for realmente importante para o seu objetivo, dando espaço para se dedicar verdadeiramente ao que precisa, ou seja, ao invés de consumir mais informação com menor qualidade, consumir menos coisas com maior grau de profundidade.
Procuro não consumir noticias em excesso. Percebi que quanto mais eu consumia informação, mais insatisfeito ficava. Nada estava bom, tudo era ruim e o mundo iria acabar a qualquer momento. Pois que lemos dezenas de notícias de mortes diariamente, rapidamente criando uma aura de medo em torno do mundo. Se sabemos que alguém foi assaltado em nosso bairro, acreditamos que estamos mais seguros por isso, o que de fato, não é verdade. Assaltantes também agem sobre quem lê notícia. Reagimos chocados ao colapso da bolsa de valores, mesmo sabendo que um dia, por pior que seja, representa uma amostragem no andamento de um investimento. 
Inventamos as melhores desculpas que temos para justificar um consumo desenfreado de informação. Precisamos saber o que está acontecendo no mundo, os empregos exigem que esteja atualizado, as provas cobram conhecimentos gerais e por aí vai. Tudo isso é apenas parte de um jogo maior, querendo no convencer que você só é relevante se souber o que eles dizem.
Consumir tudo o que nos é apresentado de forma rápida e acelerada, sem buscar algum aprofundamento, é uma maneira de ficarmos cada vez piores em parar e nos concentrar verdadeiramente numa tarefa. 
Muitos já não conseguem ver um filme sem sacar o celular do bolso para ler o Whatsapp ou assistir um vídeo do Youtube sem pular pedaços até o ponto que parece mais relevante. Em resumo, não conseguimos fazer nada sem interromper nossa atenção a cada 5 minutos.
Para isso, não tem outra saída, ou nos disciplinamos e estimulamos nossa capacidade de foco, ou nos tornaremos cada vez mais rasos, com muita informação e pouco conteúdo. 
E eu diria mais, além de consumir informações voláteis, pense se sua vida também não é volátil, com relação as suas realizações pessoais verdadeiras. 


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