quinta-feira, 2 de junho de 2016

NÃO SEI

"A VERDADE NÃO É MINHA NEM TUA, PARA QUE POSSA  SER TUA E MINHA" - (Santo Agostinho)


Não sei! Essa talvez seja a nossa mais sábia e libertadora resposta para aquilo que nos pressiona por respostas. 
Podemos dar respostas à inúmeras necessidades nossas, ainda assim, haverá inúmeras outras que ficarão sem respostas.
Nascemos escravos dos nossos desejos. Já na sala de parto, berramos por eles, e continuamos berrando vida a fora, ruidosamente ou em silêncio. Um silêncio que grita as faltas, as nossas ânsias e incompletudes, os nossos desejos não realizados ou não realizáveis. Eis porque para muitos a sensação é que o sofrimento é mais constante do que a felicidade.
Quando concretizamos um desejo, outro entra imediatamente em seu lugar para seguirmos com a nossa natureza desejante, insatisfeita. A fábrica de angústias está em nós, não naquilo que não temos, ou não alcançamos.
Já senti dor que pensei ser maior que eu. Não foi!
Mesmo tendo dominado, eu também não tenho respostas. Apenas posso dizer que aprendi a controlar a produção da minha fábrica, descobri que tenho o controle da mecânica nas mãos. Optar pela felicidade e alegria, apesar de, e mesmo que, é uma forma de operar nosso maquinário.
Um ato de vontade, um compromisso existencial.


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