segunda-feira, 13 de abril de 2015

ILUSÕES DE ÓTICA

O OLHO VÊ, O CORPO SENTE MAS É A MENTE QUE PENSA E CRIA SENTIDO.



Durante toda a nossa vida, buscamos experiências positivas de felicidade e evitamos experiências negativas de sofrimento.
Quando vamos atrás de álcool, carros, grana, poder, locais paradisíacos, retiros espirituais, alucinógenos, comidas, noitadas, na verdade não estamos querendo nada disso. Queremos apenas estabilizar, por meio desses suportes, algum estado de felicidade, prazer, diversão, vida com sentido e leveza que já atingimos alguma vez ou que imaginamos ser possível. Só isso.
O lance é que não conseguimos atingir e sustentar tal estado positivo diretamente, então inventamos condições, na esperança de aumentar a probabilidade disso tudo acontecer. Por exemplo, durante um jogo de futebol, a pessoa coloca sua felicidade na mão de um time, ou melhor, em um tipo de camisa, pois jogadores e técnicos mudam o tempo inteiro.
Então, considerando que as camisas são praticamente iguais, na verdade, você permite que estampas controlem o batimento do seu coração. E não só com times e estampas. Fazemos isso com pessoas, relacionamentos, lugares, coisas, situações...
Ora, se o que nos deixa bem são as experiências positivas, vamos aprender a produzi-las e sustentá-las mesmo na ausência de dinheiro, mesmo durante a derrota de nosso time. É impossível estabilizar a chuva ou controlar os movimentos dos jogadores no campo, mas podemos estabilizar aquilo que realmente define se a chuva ou a final do campeonato vai nos causar uma experiência positiva ou negativa: nosso corpo e nossa mente.
"Não importa o que acontece com você, mas o que você faz com o que acontece com você". Já ouviram essa máxima existencialista ... né? 
Vocês já devem ter ouvido falar que nossa felicidade ou sofrimento não tem quase nada a ver com o que estamos fazendo, mas como está nossa mente. A qualidade de nossa experiência não é definida pelo que acontece, mas por como nosso corpo e nossa mente agem sobre o que nos acontece.
Assumir a responsabilidade por todas as nossas experiências é o mesmo que resgatar nossa liberdade, já que a servidão é justamente ser condicionado, ser refém, ser afetado, reagir passivamente a fatores externos. Se nos descobrimos como autores de nossas experiências,  imediatamente nos tornamos livres.
Afinal, tudo o que nos acontece passa pelo nosso corpo e pela nossa mente, não é mesmo?
Ora, é sensacional a capacidade de se descolar da realidade imediata e projetar a mente para o passado ou para o futuro; o problema é não deixar o processo compulsivo pelo qual a mente sabota a si mesma, fazer a gente funcionar a ponto de perdermos o direcionamento de nossos pensamentos e emoções. 
Com uma mente estável, seremos capazes de gerar e sustentar experiências positivas, não importa onde, como, com quem ou quando. Não importa se dispomos de muitos ou poucos objetos, se as situações e eventos se configuram de um jeito ou de outro, se a vida anda bem ou mal ao nosso redor, pois as experiências positivas não dependem disso. 
Então que tal  nos dedicarmos a alterar a qualidade de nossa experiência?



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