quarta-feira, 29 de abril de 2015

NOSSA COMPANHEIRA DE VIAJEM _ A MENTE

COMO VOCÊ LIDA COM OS SEUS PENSAMENTOS ?

 SUA MENTE... SEU CORAÇÃO


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Cultivar um bom coração e guardar bem a mente – esse é um tema que às vezes confunde as pessoas, mas o que é o coração, o que é a mente, e o que seria um bom ou mau coração, afinal?
A metáfora da mente como uma companheira de viagem (que nem é tão metáfora assim) é ótima; e não qualquer companheira, mas uma companheira problemática. Com a nossa prática incessante de pensar (nosso estado mental normal é tagarela demais, não para de falar), muitos de nós vivemos nossos dias como longas viagens com essa companheira descontrolada. Lembro de um texto que li a algum tempo (não sei mais onde) contando que não conseguimos dar uma simples volta num parque sem sermos acompanhados por 80 ou 100 mil pensamentos (ou talvez até 150 mil, não lembro o número exato, mas também qual a diferença, se é desse tamanho?). Não é uma questão de negar o pensar, mas de perceber e se desidentificar dos pensamentos insanos, doentios, iludidos... que invade nossa mente, para então ser possível, dar lugar ao  bom coração.
A ideia é a seguinte:
Quaisquer que sejam nossas circunstâncias externas, no fim das contas a felicidade ou infelicidade depende da nossa mente. Considere que uma companhia com quem nós ficamos, continuamente, dia e noite, é nossa mente. Você realmente gostaria de viajar com alguém que ficasse reclamando o tempo todo e ficasse dizendo quão inútil você é, quão sem jeito você é, alguém que lhe lembre de todas as coisas horrorosas que você já fez? Ainda assim, para muitos de nós, esse é o jeito que vivemos – com esse crítico incansável, difícil de agradar e sempre nos rebaixando que é nossa mente. Ela ignora totalmente nossas qualidades e é genuinamente uma companhia muito triste.
A questão é que quando nossa mente está cheia de generosidade e pensamentos de bondade, compaixão e contentamento, a mente se sente bem. Quando nossa mente está cheia de raiva, irritação, auto-piedade, ganância e apego, a mente se sente doente. E se nós realmente investigarmos isso, podemos ver que temos a escolha: podemos decidir amplamente que tipo de pensamentos e sentimentos irão ocupar nossa mente. Quando pensamentos negativos aparecem, podemos reconhecê-los, aceitá-los e deixá-los ir. Podemos escolher não segui-los, o que só colocaria mais lenha na fogueira. E quando pensamentos bons vêm à mente – pensamentos de bondade, cuidado, generosidade e contentamento, e um senso de não segurar mais as coisas tão fortemente, podemos aceitar e encorajar isso, mais e mais. Podemos fazer isso. Somos o guardião do precioso tesouro que é nossa própria mente.
Um coração bom é fundamentado no entendimento da situação como ela realmente é. Não é uma questão de sentimentalismo. E um bom coração também não é uma questão de sair por aí num tipo de euforia de falso amor, negando o sofrimento e dizendo que tudo é benção e alegria. Não é assim. Um coração bom é um coração que é aberto e é interessado em compreender. 
Vejo que estamos desligados de nosso sentido de interligação com os outros, estamos desligados da realidade. Porque na realidade estamos todos interligados, de uma maneira ou de outra.


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