"NÃO VEMOS AS COISAS COMO SÃO: VEMOS AS COISAS COMO SOMOS"
Talvez nada realmente nos ataque exceto nossa própria confusão. Talvez não exista um obstáculo sólido exceto nossa própria necessidade de nos proteger de sermos afetados. Talvez o único inimigo seja que nós não gostamos do jeito que a realidade é agora e então desejamos loucamente que ela vá embora rápido. Mas o pior é que eu já descobri que nada jamais vai embora até que tenha nos ensinado o que precisamos saber. Mesmo se corrermos a mil quilômetros por hora até o outro lado do continente, encontraremos o mesmo problema lá nos esperando quando chegarmos. Ele fica retornando com novos nomes, novas formas e novas manifestações até que aprendamos o que ele tem pra nos ensinar: Onde estamos separados da realidade? Como estamos nos fechando ao invés de nos permitir experimentar inteiramente o que quer que encontremos?
Não adianta corrermos para lá e para cá para evitar esse ou aquele problema porque nossos problemas e obstáculos estão na visão, na atitude de resistência ou evitação e não na realidade, e é por isso que não adianta corrermos para lá e para cá para evitar esse ou aquele problema – não enquanto nossa visão estiver distorcendo a realidade. Nossos problemas são nossos próprios (pré-)conceitos e idéias e sensações gravadas sobre a realidade, e nossa identificação repetida com eles. É como uma máxima atribuída a Jung que diz "o que resiste, persiste", pode ser uma expressão simples, mas aponta para a importante constatação: a de que lá dentro de nós, talvez nada realmente nos ataque exceto nossa própria confusão, portanto não adianta entrar em rota de fuga o jeito é dedicar um olhar caridoso sobre si mesmo, e é preciso que esse seja um olhar profundo e corajoso, para que se possa ver todas essas coisas.
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