quarta-feira, 15 de abril de 2015

SOBRE NOSSO PRÓPRIO PROCESSO, SOBRE NOSSA VIDA

GANHANDO CLAREZA


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Estamos transferindo nosso equilíbrio para medicamentos. Ou para outras pessoas cuidarem de nós: a gente precisa fazer massagem, precisa de um terapeuta… Quando na verdade nós precisamos ser doutores de nós mesmos. Quando você senta e o corpo não querer parar... Como é que eu não sei ficar parado? Isso é muito curioso.
Se quisermos compreender o que está por trás de qualquer problema a única maneira é investigar, pois a porta de saída fica mais visível quando mapeamos a estrutura da prisão. 
Quando sofremos não conseguimos parar e repousar, entramos em algum jogo e perdemos contato com a realidade, não conseguimos olhar para o outro em seu próprio mundo . Para resumir sofremos por ausência de equilíbrio e sabedoria. Então o antídoto seria obter esse equilíbrio buscando sabedoria. Mas como?
1) Equilíbrio. Sem parar, é impossível mudar nosso movimento: nascemos, somos levados daqui pra lá, e morremos. Então devemos cultivar a atenção, estabilizando corpo e mente sem flutuar tanto com as condições externas. 
2) Sabedoria. Quem sou eu? Onde realmente estamos? O que está acontecendo? Quanto mais paramos, mais conseguimos olhar. Aqui entram as ideias que nos levam a investigar o funcionamento da mente e das emoções, as bases de cada relação, as causas do sofrimento e da felicidade, dos sonhos, da realidade, de todas as questões existenciais. Ganhamos clareza sobre os processos mais sutis do viver ao morrer. Como um pensamento surge, se mantém e cessa? 
O que acontece internamente quando uma pessoa reduz o ciúme, a ansiedade, a depressão, a raiva? E como eu posso entender mais e me apropriar desse processo sutil?

Imaginem uma pessoa se debatendo em um lago. A primeira coisa que ela precisa fazer é parar de se debater. Depois, ela pode usar essa calma para olhar ao redor, ver o que tem no fundo da água, por que os outros se debatem tanto etc. Vendo que qualquer um ali tem o potencial de viver de modo mais amplo, sem tanto sofrimento, com equilíbrio e sabedoria é natural que  ela se relacione com as outras pessoas ajudando quem continua a se debater. 
As práticas de equilíbrio nos preparam para as práticas de visão, que nos preparam para as práticas do coração. Se quisermos ajudar alguém, vamos precisar de equilíbrio e sabedoria. E podemos entrar em qualquer situação com sabedoria porque ela também nos leva a equilíbrio e compaixão.

São esses cultivos do mundo interno que mexem nas bases mais profundas da vida, não importa qual seja sua cara externa. 
Para cultivar equilíbrio, sabedoria e compaixão, uma combinação de corpo parado (atento, não perturbado), olhos lúcidos (livres de enganos) e coração aberto. 
Ganhando clareza para reorientar e transformar!


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