SERÁ QUE A ESPERANÇA NÃO É UMA GRANDE ARMADILHA?
"Quem está equivocado: aquele que falhou ou aquele que esperava que o outro nunca falhasse?"
Ao mesmo tempo que a esperança parece ser o nosso motor, aquilo que nos impulsiona, ela nos engana, nos decepciona, destrói nossos relacionamentos e nos faz cometer atos que algum tempo depois não nos orgulham muito.
A esperança pode nos levar a construir contextos onde o outro se torna uma mera ferramenta para os nossos desejos, a acreditar que alguém está fazendo algo contra nós, quando na verdade está apenas usufruindo de sua liberdade natural.
Quanto mais esperançosos estivermos, quanto mais expectativas somarmos a qualquer ação, maiores as chances de agirmos negativamente, autocentrados, e simplesmente deixarmos de notar o que está acontecendo ao nosso redor. Isso pode nos levar a criar alucinações, nos posicionarmos como vítimas, nos culparmos ou, em situações mais extremas, atropelar o outro, sermos agressivos, causarmos mais problemas.
Sofremos na exata medida em que esperamos que as coisas sejam de um jeito e não de outro. Quando você já não vê o outro, só vê o outro como alguma coisa dentro da sua própria vida. Esta é a loucura.
É possível falar de medo citando nossos planos e esperanças, assim como podemos saber o que esperamos apenas listando nossos medos. Da mesma forma, podemos olhar para o presente e pensar o que nos traria sofrimento se acontecesse. Se olharmos dessa forma, vamos perceber que esses são os processos que estamos sustentando.
O que você está sustentando? Você têm medo de quê? Onde estão suas esperanças?
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