sexta-feira, 29 de maio de 2015

RELAÇÕES EM PARCERIA

SER NAMORADO / MARIDO NÃO É CARGO PROFISSIONAL

Resultado de imagem para CARGO PROFISSIONAL DESENHO
O que acontece num simples começo de namoro?
O namorado e a namorada ainda não existem no começo. Quem começa a namorar é o ser livre, é aquele que olha a outra pessoa como uma outra pessoa que por algum acaso começou a andar por perto. E é por isso que é tão bom. O frescor não vem da novidade ou da paixão, mas da liberdade, da escolha: "Ele não é nada meu, mas está sendo muito bom ficar perto dele".
E depois o frescor se vai não porque a paixão acabou ou a gente precisa de surpresas e novidades, mas porque paramos de ver o outro e começamos a nos relacionar com o namorado ou a namorada.
O problema do relacionamento é que as pessoas buscam suas metades, esquecendo que simplesmente são ou deveriam ser inteiras. No início dos relacionamentos estamos inteiros, íntegros e, nos apaixonamos pela liberdade do outro e pela a nossa própria. No momento seguinte, o outro vira a nossa "cara metade", como se não fossemos inteiros e como se o outro também não fosse. A conta é matemática 1/2 + 1/2 = 1; pessoas inteiras + pessoas inteiras = 2 pessoas livres, apaixonadas, com sonhos diferentes, mas em dias comuns. Precisamos entender que as relações não devem ser de preenchimento ou necessidade, mas de amor pleno e individualidade. Sim! Individualidade para saber que nossas vidas caminham e funcionam por si e que uma outra vida nos impulsiona, nos ajuda, nos traz companhia para dividir bons e maus momentos, mas jamais deve tirar a responsabilidade de construirmos, individualmente, o nosso próprio mundo, bem estar, momentos..... Somos e devemos ser os condutores de nossas vidas, o marido, namorado são companhias únicas que apenas devem nos acompanhar em nossas viagens, mas não guiá-las.
Quando uma pessoa diz querer namorar, ela na verdade está dizendo "Eu quero ser feliz e acho que pelo namoro será mais fácil". É assim também quando elas não querem mais namorar: "Eu não quero sofrer, eu quero viver bem, de acordo com o que eu acho que seja viver bem, e acho que sem o namoro será mais fácil".
O melhor jeito de se relacionar com uma pessoa livre, portanto, é apoiá-la nesse processo de viver melhor (com ou sem intimidade, morando ou não junto, namorando ou se divorciando), ser uma parceira. Não ser um namorada e tratá-lo como namorado, exigindo, checando, negociando, controlando, sufocando sob a desculpa de estar "amando".
Quando fracassamos, surge a vontade de entender os erros e mil promessas e decisões para acertar de agora em diante. Fazemos um grande esforço para ser uma namorada melhor, uma esposa melhor. Mas já sabemos ser boas namoradas e esposas. Alguns nem isso sabem, ok, mas isso é fácil, há receitas, é como aprender a jogar futebol: namorar e casar são inteligências específicas.
O que precisamos é direcionar essa disposição para sermos melhores pessoas e parceiras, não namoradas e esposas. E saber manter nossa liberdade ao operar com inteligências em mundos específicos (sem fazer disso uma prisão). Fazer isso não é nada fácil pois precisamos compreender a realidade, trabalhar com nossas emoções e visões. Em vez de focar em negociar detalhes da relação, precisamos focar em nossas próprias vidas.
E isso leva tempo, não é algo que se resolve, é um aprendizado de uma vida que precisa começar o quanto antes.
E mais 
Os momentos de crise, sofrimento, abandono, traição, fim, desencontro, confusão são excelentes para evidenciar as bases de um relacionamento, além de nossos enganos e fixações emocionais.



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