quarta-feira, 27 de maio de 2015

DINHEIRO TRAZ FELICIDADE?

SE VOCÊ NÃO ESTÁ FELIZ AGORA, NÃO VAI SER O DINHEIRO QUE VAI TE FAZER FICAR


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Muita gente dá o sangue, o suor e as lágrimas em busca do objetivo de vida de ser rico. Rico. Com R maiúsculo.
Ter um monte de grana. Poder entrar no restaurante que quiser e mandar vir o vinho mais caro, sem nem olhar o preço. Ir da casa da cidade à casa de campo de helicóptero. E da casa de campo à casa de praia de iate.
Dizer "Toma, tá aqui o meu dinheiro" para todos os problemas. Se tiver que sofrer, que seja numa Ferrari ou a caminho de Paris. Ou Dubai. Eu acho que prefiro Dubai.
Mas o lance é: raramente vemos alguém que chegou nesse ponto falando abertamente, sem ostentação, sobre como é a sua vida. É tão boa quanto nos parece? Está tudo tão bacana quanto você achava que seria? O sangue, o suor e as lágrimas valeram a pena?
Primeiro, uma das únicas coisas realmente boas de ser rico é que você não precisa mais se preocupar com dinheiro tanto quanto antes. Ainda há algumas coisas que você não pode comprar (e você gostaria de poder), mas a maior parte das despesas pode ser feita sem se preocupar com o preço. Isso é definitivamente ótimo, sem dúvida.
Mas ser rico tem lá os seus problemas. 
Você não pode mais reclamar de nada, nunca. A maioria das pessoas imagina que ser rico é atingir o nirvana, por isso você não pode mais ter nenhuma necessidade humana ou frustrações aos olhos públicos. Você ainda é apenas um ser humano como qualquer outro, mas as pessoas não te tratam mais assim.
Outro problema: a maioria das pessoas quer algo de você, e pode ser bem difícil sacar se alguém está sendo bacana contigo porque gosta de você ou porque está atrás do seu dinheiro. Se você ainda não for casado, boa sorte tentando descobrir (ou vivendo com a dúvida) se a outra pessoa te ama ou ama o seu dinheiro.
Isso sem falar dos amigos e família. Talvez a sua relação com eles não azede de uma vez, mas provavelmente ficará mais difícil. Eles podem começar a ficar estranhos e te tratar diferente. Podem pedir dinheiro emprestado (má ideia: se for para ajudar, que seja como um presente). No Natal, eles vão passar a não gostar dos seus presentes como antes. Eles pensarão que só porque você é rico, vai dar algo caríssimo, depois se decepcionam. Você vai começar a precisar decidir o que é caro demais ou de menos em se tratando dos seus pais, e, numa boa, deve ser bem chato.
O resultado será provavelmente um certo senso de isolamento.(...)
A próxima coisa que você precisa entender sobre dinheiro é o seguinte: todas as coisas que você se imagina comprando só têm valor para você porque você não pode tê-las.
Mas aí você se acostuma. E então você começa a querer o que está lá na frente. Você redefine suas expectativas, e tudo abaixo daquele nível se torna desinteressante de novo.
"O dinheiro traz felicidade?" Depende do que você define como felicidade.
Você está feliz agora, em sua casa, com o marido preparando um churrasco e ouvindo pagode pelo sonzinho no quintal. Bom talvez estaria mais feliz se estivesse com ele num vôo ao Hawaii, bebendo um champagne caro. Bom, provavelmente sim (salvam as exceções que não apreciam champagne, o Hawaii ou seus próprios maridos).
Mas o ponto é exatamente aquele citado antes. Queremos algo que, no momento, está fora de nosso alcance. Quando alcançamos, realizamos nossa vontade. Saciamos nosso desejo de posse, de ter, de dizer que conseguiu, de bater no peito e dizer que É TEU. Mas é só isso.
Não é que se 'perde a graça' quando se tem, mas seu objetivo torna outro... 
É aquele papo de "só queremos aquilo que não podemos ter."
A maior parte das pessoas têm a ilusão de que, se tivessem mais dinheiro, as suas vidas seriam melhores, e elas seriam mais felizes. Aí elas ficam ricas, isso não acontece, e elas entram em crises sérias.
Se você não está feliz agora, não vai ser o dinheiro que vai te fazer ficar.
Rico ou não, vá fazer da sua vida o que quiser que ela seja, sem usar dinheiro (ou falta dele) como desculpa. Saia, se envolva, seja ativo, corra atrás da sua paixão e faça uma diferença.


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