NOSSAS AÇÕES TÊM CONSEQUÊNCIAS. GERAM IMPACTO. CRIAM ONDAS.
Todo mundo acha que sabe que todas as ações têm consequência.
Mas o dia em que você realmente compreende esse conceito em toda sua totalidade, o dia em que você sente esse conhecimento te queimando a pele, só a partir desse dia você é adulto.
Mas fique tranquilo, mais de meio mundo aprendeu isso na porrada também.
A maioria das pessoas compara escolha e liberdade. Isto parece sensato. Liberdade significa que você é livre para escolher, certo? Significa que você é livre de restrições. Se você não pode escolher, então você não é livre. E isto parece levar a crer que quanto mais escolhas você tem, maior é a liberdade.
Mas não funciona bem dessa maneira.
Quanto mais opções de escolha você tem, mais energia precisa investir para tomar decisões. Qual shampoo? Qual carro? Qual roupa? Qual restaurante? Qual filme? Sua energia e atenção são consumidas por essas decisões e sobra pouco pra viver as tantas escolhas.
Então, melhor reduzir as escolhas.
O que a escolha oferece? Uma resposta é que a escolha torna possível moldar o mundo de acordo com as suas preferências. Tudo isso permite a você dar forma a um mundo que é uma extensão de seus próprios padrões. Muita escolha acaba sendo uma armadilha. Você acaba isolado da riqueza e complexidade da vida.
Quando você não tem muitas escolhas, é preciso aprender como se relacionar com o que a vida oferece. Você não pode tecer um casulo confortável. E isso te dá uma disciplina interna de aceitação, fundamental para viver.
A escola, o trabalho, os relacionamentos, a paternidade, são sempre apontados como exemplos de prisão e sufocamento. Mas, talvez, pudéssemos olhar para eles como um espaço para cultivar a liberdade que existe além dos impulsos descontrolados. Além da euforia.
Imagine poder oferecer um relacionamento com liberdade — sem carência, sem apego, sem ciúmes. Ajudar a pessoa a ser feliz, a atingir seu potencial humano, aprender e ensinar sem hierarquias, dar risadas dos tropeços sem diminuir ou menosprezar, querer estar próximo sem ficar controlando, mas saber que tudo isso pode desmoronar sem aviso prévio. Soa como sinônimo de liberdade, não? Tenho tentado cultivar isso, embora nem sempre consiga.
Por exemplo, em meio ao caos de fraldas e choros, a liberdade esteve presente nas emoções que escolhi cultivar. Posso escolher a alegria em vez do cansaço, a paciência em vez da raiva, a generosidade em vez da carência e o bom humor em vez da irritação. Parece pequeno, mas isso afeta tudo e todos à nossa volta.
Esses exemplos me parecem uma liberdade muito mais ampla e benéfica do que aquela que conhecemos. Se conseguirmos treinar essas qualidades, nas atividades mais rotineiras, podemos aplicá-las em várias outras frentes da vida, melhorando nossas relações e fazendo com que sejamos livres naturalmente, sem esforço.
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