ESTAR LIVRE JUNTO DE ALGUÉM SEM QUERER DIVIDIR ISSO COM MAIS NINGUÉM
Quando pensamos em casar, temos medo de perder nossa liberdade e de não poder nunca mais voltar atrás. Queremos só ganhar e nunca perder nada. Então, por medo, ficamos barganhando com a liberdade, ao invés de nos apropriarmos e usufruirmos dela, vestidos de fraque e noiva ou não.
Se olharmos as relações apenas como relações, em que estamos compartilhando com outra pessoa os nossos momentos, o nosso caminho, o nosso espaço, as nossas idéias, os nossos sentimentos, podemos vê-las com mais leveza.
Se aquilo que realmente importa já existe, qual o problema de fazer uma festa e assinar papéis?
Se aquilo que realmente importa já existe, qual o problema de não fazer uma festa e assinar papéis?
Não precisamos olhar para os relacionamentos nem sob o ponto de vista mais concreto dos nossos avós, nem com desdém que marca as fluidas e efêmeras relações mais moderninhas.
É só nos relacionando que compreendemos a quantidade de armadilhas que temos pela frente. Um bom caminho não é evitar as armadilhas, mas desarmá-las você mesmo uma a uma, usando os recursos que estiverem a disposição.
A diferença entre a felicidade e insatisfação é o quanto estamos abertos às relações exatamente como elas são, e o quanto estamos dispostos a fazer não apenas o que desejamos, mas também o que precisa ser feito.
Assim, podemos curtir o parque de diversões como quem passeia pela praça. Sem medo do trem fantasma. Sabendo que a montanha-russa não é perigosa e só traz um frio gostoso na barriga. Relacionamentos de verdade são aqueles onde você pode estar à vontade como em uma praça, circular, conversar com as pessoas ou apenas apreciar o movimento.
Até que nossas mortes nos separem. Ou não.
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