segunda-feira, 20 de julho de 2015

A QUESTÃO DO DINHEIRO

QUAL O VERDADEIRO VALOR DO DINHEIRO?

Resultado de imagem para valor do dinheiro no tempo desenho
Por mais contra-intuitivo que possa parecer, dinheiro não é exatamente nossa moeda corrente. Estamos o tempo todo negociando tempo. Nosso salário é o que recebemos por vender nosso tempo para uma empresa. Quando contratamos um serviço, estamos pagando o tempo de outra pessoa, para poupar o nosso. Quando escolho um táxi ao invés do ônibus, pago mais caro para chegar mais rápido. Existem, obviamente, outros fatores no meio dessas relações mas, no geral, estamos apenas trocando dinheiro por tempo, seja nosso ou dos outros.
Não estou dizendo que dinheiro não tem importância, mas a máxima abaixo é verdadeira:
Mais dinheiro nem sempre significa mais felicidade.
Todo mundo já se deparou com um possível valor salarial e pensou “se eu ganhasse tudo isso seria tão bom, resolveria todos os meus problemas”. Mas quando passou a receber tal quantia, não foi bem o que aconteceu. 
De forma ampla, existe um ponto salarial em que ainda sentimos essa diferença, que ganhar mais significa ter mais dignidade e acesso aos meios e ferramentas que facilitam e melhoram a vida. Depois desse ponto específico, essa relação não cresce como antes. 
O aumento do salário não trará uma sensação maior de felicidade. 
Este é o momento em que razões mudam e ter mais tempo passa a significar mais qualidade de vida.
É preciso certo sangue frio para encarar a situação e pensar com clareza, entender se é mesmo mais dinheiro que precisamos naquele momento. Pode parecer estranho, mas trocar o aumento tão esperado por uma hora a menos de trabalho, poder entrar mais tarde ou sair mais cedo, talvez traga mais satisfação do que uma razoável quantia de dinheiro.
Com uma hora extra você pode dormir melhor, acordar de bom humor e se arrumar com mais calma. Só essa calma que o horário mais estendido adiciona já é refletida diretamente no resto do dia. Dá pra fazer academia, pegar menos trânsito, cortar o cabelo, se maquiar com calma, aprender um idioma novo, brincar com o filho e pegar um pouco de sol caminhando no parque, sei lá.
Mas como virar a mesa?
Nossa relação com o dinheiro e sua importância está tão enraizada em nossa cultura que acaba atrapalhando nossa percepção do que realmente estamos buscando. No meio do furacão, deixamos de lado nossa racionalidade, nos afundamos no trabalho para ganhar cada vez mais. Queremos uma casa maior, um carro melhor, um smartphone mais novo. Trocamos todo nosso tempo por coisas que custam muito mais caro do que apenas o dinheiro que pagamos nelas.
Falo aqui exclusivamente da nossa relação trabalhar mais como forma de ganhar mais dinheiro, e da possibilidade de trocar um possível aumento por uma hora a menos de trabalho por dia, mas não precisamos nos limitar a isso. Podemos sempre olhar a nossa volta e pensar em como fazer esse cambio entre dinheiro e bem estar.
Quando apontamos nossa mira para o dinheiro, todo o resto se torna um meio de ganhar cada vez mais, num ciclo infinito. Se mudarmos o foco para o bem estar, dinheiro passa a ser apenas uma peça que nos facilita até determinado ponto, não fazendo mais muito sentido sacrificar coisas tão mais valiosas apenas para faturar um pouco mais.
Sei perfeitamente que a percepção do que é importante pra gente vai mudando com o avançar da idade, à medida que descobrimos quais são as coisas que nos fazem mais felizes. 
É muito difícil, quando se é jovem, entender que o dinheiro não é mais importante que o tempo que se perde pra ganhá-lo. E talvez  realmente não adianta chegar pra alguém de 20 e poucos anos e falar isso, porque para aquele jovem o que importa naquele momento é diferente do que importa pra alguém que passou dos 40, por exemplo, mas é o que a pessoa sente naquele momento da vida dela.  Com o passar dos anos vai observar pessoas que se afundaram nessa busca desenfreada por dinheiro e tiveram a saúde destruída pelo estresse. E se conscientizará que é preciso estabelecer um equilíbrio racional para cruzar a linha da saúde e do bem estar geral.
Pra quem não tem essa consciência, a sensação de que o dinheiro nunca é suficiente parece ser cada vez mais presente sempre. 
Quer ver? Converse com pessoas que ganham muito bem e pessoas que ganham pouco e pergunte como está o dinheiro, ambos dirão que está faltando e que seria bom ter mais. A óbvia diferença é que quem ganha mais possui mais coisas, mas no geral, não significa que vive mais feliz.
Ando evitando adiar experiências também, sabe como é, nunca sabemos quando nossa vez de deixar esse mundo vai chegar.
E você? Quais formas pode utilizar para sair da urgência de ter cada vez mais dinheiro e começar a viver com mais leveza?
Vale muito a pena!


Nenhum comentário:

Postar um comentário