sábado, 25 de julho de 2015

PADRÃO DE VIDA ≠ QUALIDADE DE VIDA

A GROSSO MODO, O PADRÃO DE VIDA NOS DIZ O QUE POSSUÍMOS NA VIDA, E A QUALIDADE DE VIDA NOS DIZ COMO VOCÊ SE SENTE NA VIDA.

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O que é alta qualidade de vida? 
É segurança contra fome e privações? Não. Mas a sensação de segurança contra fome e privações deve contar. É boa saúde? Não. Mas a sensação de estar bem de saúde deve contar. É estar frequentemente junto a bons amigos? Não. Mas a sensação de estar frequentemente junto a bons amigos deve contar. É ter dinheiro o bastante e uma boa renda? Não. Mas a sensação de ter dinheiro o bastante e uma boa renda deve contar. É ter acesso a arte? Não. Mas o prazer e uma apreciação positiva daquilo que se considera arte deve contar. É ter acesso a uma educação superior? Não. Mas a ausência de frustração e mágoa por não ter acesso a uma educação superior deve contar. Fadiga extrema? Não necessariamente. Se a vitória em algum esporte parece estar próxima, a fadiga extrema pode estar lá, mas não será sentida.
Duas pessoas podem estar exatamente em uma mesma situação lamentável, mas a qualidade de vida de ambas pode ser impressionantemente diferente.
O termo “qualidade de vida” está na moda, mas o conceito deve definir o mais consistentemente possível como alguém se sente, em vez de o que alguém tem ou o que alguém deve sentir, ou qual tipo de sentimentos podem ou devem ser esperados, e por aí vai.
De qualquer forma, é importante clarificar esse conceito  já que ainda não sabemos direito como aumentar a qualidade de vida (sabemos mexer no padrão de vida, e às vezes até chamamos isso de qualidade de vida).
Não sabemos o que nos faz verdadeiramente feliz, por que sofremos, quais dinâmicas profundas nos aprisionam e quais nos libertam para uma vida mais alegre, potente, com propósito e satisfação.
Eu suponho que exista um desejo sério nos países de criar condições gerais favoráveis à alta qualidade de vida. Portanto, há necessidade de saber o mais claramente possível o que causa um aumento na qualidade de vida, e não apenas no mero padrão de vida e progresso econômico. 
A qualidade de vida é mais importante para as suas vidas, e especialmente as dos seus filhos, do que mero alto padrão material. Uma das coisas que precisa ser feita é informar ao público que o diálogo sobre qualidade de vida não é mero bate-papo entre românticos e idealistas, mas sim assunto de pesquisas sérias.   
Eu não conheço pesquisas sobre isso sendo feitas atualmente, e se não nos interessarmos sobre esse assunto fica difícil agir e até cobrar ações que viabilizem a tão propagada e sonhada qualidade de vida. 
 

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