quinta-feira, 19 de março de 2015

EM QUE BASE SE SUSTENTA O SEU CASAMENTO

SERÁ QUE SEU CASAMENTO É JOGO PATOLÓGICO OU AMOR?

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Gosto de ser realista. Vivemos num mundo social, e a menos que alguém declare, manifeste ou concretize uma intenção, ela será apenas uma vontade invisível aos olhos de todo mundo. Se você quer se comunicar realmente com o mundo (dos adultos), precisa falar e tornar concreta sua intenção. Telepatia, só em filme.
Numa grande quantidade de casais a história da tampa e da panela tem muito mais a ver com posturas complementares e doentias do que amor propriamente dito. É bem antiga a tradição de pessoas dominadoras e egocêntricas se relacionarem com outras mais passivas e submissas.
Uma manda, outra obedece; uma fala, outra ouve; uma dita, outra aceita; uma deseja, outra atende; uma trai, outra perdoa; uma tem amigos, outra dedica tempo exclusivo; uma pinta e borda, outra fica limpando a sujeira.
Não são vítima e algoz. São ambos atuantes de um jogo tóxico onde se protegem de uma verdadeira intimidade emocional nutritiva em que o controle não seja o fator principal de uma relação.
Ambos precisam um do outro para existir, afinal, o rei não existe sem um súdito, e é muito comum pessoas dominadoras e egoístas sofrerem quando a pessoa submissa (cansada desse joguinho emocional) se rebela e parte para outra. Sem ter em quem mandar, o dominador se desestrutura até encontrar o próximo lombo onde vai usar sua chibata.
Muitas vezes o que acontece é também encontrar alguém tão ou mais dominador e passar a agir na polaridade oposta como um cordeirinho manso e submisso. Seja mandando ou obedecendo, o jogo patológico se sustenta numa base de poder e controle, não de amor.
Faço uma outra distinção importante quando se trata de vida a dois: amor versus capacidade de gerenciar um relacionamento.
Algumas pessoas sabem amar, mas são péssimas administradoras de relacionamento. 
Outros são prodigiosos em logística amorosa , mas tem vontade fraca e são relativamente frios. Muito gerenciamento e pouco amor.
Os que se dizem azarados não sabem fazer ambos e os casais saudáveis articulam bem as duas habilidades.
Portanto, num relacionamento, não basta falar "eu te amo" se, na prática, você se mostra desastroso em administrar conflitos simples do cotidiano.
Na prática de um casal é preciso haver liberdade cultivada a dois... tempo de casal, tempo individual, trabalho, amigos, família e assim vai. Quanto maior a generosidade mais bases positivas encontramos para viver aquilo que a gente pode chamar de casamento. 


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