quarta-feira, 4 de março de 2015

VIVER ALÉM DAS IDENTIDADES

ACESSANDO A NATUREZA LIVRE


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O que vemos quando olhamos para esposas, namorados, amigos, filhos, pais...?
Vemos o pessoal 100 % conforme a identidade que apresenta na relação conosco, nem desconfiamos de que ele seja muito mais do que nos aparece, de que outros o ativem de outro modo, de que ele encarne diferentes risadas, olhares e gestos. Isso se evidencia quando o flagramos em outro mundo, reencontrando um amigo de infância, no trabalho... É como se fosse outra pessoa!
Nunca abraçamos alguém por inteiro. Se pensar bem, seu marido não é seu marido. Seu namorado nunca foi nem nunca será seu namorado: ele é um homem que está vivendo com você. Estar com essa pessoa livre, não apenas com suas identidades, é o melhor jeito de estar por inteiro com ela.
Conhecer o outro muitas vezes significa congelar o outro. Para realmente conhecer alguém, é preciso desconhecê-lo, relacionar-se com quem de fato ele é... Liberar o outro de quem ele é.
Impedimos que essa intimidade aconteça com os nossos, quando silenciosamente, sem saber, exigimos que eles encarne de novo e de novo o personagem com o qual estamos acostumados. Desejamos surpresas ao mesmo tempo em que as dificultamos. Ao controlar, tentamos garantir a estabilidade das relações, que não sejamos abandonados e que o outro não seja assim tão livre: “Mude, mas somente dentro das mudanças que eu espero.”
Saiba que conhecê-los é alimentar sua imprevisibilidade, descobrir não tanto quem a pessoa foi ou é, mas quem não é, quem pode ser.
Para tanto se disponham a estarem conscientes de que todas as posições sociais são nada mais que papéis que assumimos. Entender esse esquema é transcender o apego a essas construções sociais. Treinar e viver isso pode transformar nossa vida inteira.


ROSANE

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