POR QUE CONFUNDIMOS TANTO DEMONSTRAÇÃO DE APEGO, MEDO E CONTROLE COM AMOR ?
Não tem jeito, somos ensinados que amor de verdade é o amor romântico que significa estar junto faça chuva ou faça sol, sacrificar, esquecer do mundo, descobrir "a" pessoa que vai nos fazer feliz até o fim dos dias após nossas almas se encontrarem num lindo pôr do sol ao som de uma trilha de novela das 8.
O amor romântico não é necessariamente ruim. É importante, entretanto, entendermos que se trata de uma construção, reforçada pelas histórias que contamos a nós mesmos, filmes, livros, músicas...
Mas há diferença importante entre o amor romântico e o amor genuíno. Melhor do que eu, Jetsunma Tenzin Palmo nos explica a diferença entre o amor romântico e o amor genuíno.
O apego excessivo, tão apreciado pelo amor romântico, diz:
"Eu te amo, por isso eu quero que você me faça feliz."
Já o amor genuíno diz:
"Eu te amo, por isso quero que você seja feliz."
O ponto de impasse surge quando aquilo que era livre, poderoso, generoso e amplo se torna apegado, medroso, estreito, controlador, obsessivo. Não raro as ações e comportamentos desse último pacote são justificadas como "amar demais".
Nessa linha de raciocínio, quais perversidades do cotidiano cometemos ainda "amando"?
Contemple suas relações (antigas e atuais, com esposas (os), namoradas(os), amigos e família…) e se pergunte:
"Eu quero que essa pessoa seja realmente feliz, não importa com quem ou como?
ou
"Eu quero que ela seja feliz e tal, mas no fundo prefiro mesmo é que ela seja feliz comigo e de um certo jeito?"
Seja honesto. Procure refletir sobre as ações que um e outro tomaram e o que elas representam.
Após pensar sobre, procure cultivar posturas e ações concretas de amor genuíno com as pessoas que gosta. É um exercício infinitamente mais difícil do que parece, com o qual venho me debatendo há anos. Lapidar um amor genuíno com certeza não é tarefa fácil, mas venho obtendo sucesso!
Nenhum comentário:
Postar um comentário