QUE TAL EXPLORAR SEU MUNDO INTERIOR?
Em vez de microscópios, telescópios e câmeras 3D, imagina se tudo o que costumamos descrever no mundo externo fosse investigado por dentro com tecnologias de primeira pessoa?
Normalmente só mesmo nas crises da vida. Só quando dói é que, talvez, começamos a olhar para dentro. Mas não sabemos como e nem pelo que procurar! Estamos exteriorizados. Procuramos e sustentamos nossas dores sempre atribuindo essas nossas crises às condições externas.
É assim que sabemos viver: o acesso ao mundo interno só parece possível de modo indireto, relaxando com alguma bebida, se alegrando em alguma festa, sendo feliz por causa de uma narrativa que contamos a nós mesmos… Mexemos fora já que não sabemos mexer dentro.
Mas e se a gente começasse a viver com um olho fora e um olho dentro, percebendo a ligação entre nossa atitude, nossa visão de mundo, nossas emoções. Se experimentássemos "lá dentro" tudo o que estamos acostumados a experimentar "aqui fora"?
Estamos no momento de superar a ingenuidade de acreditar que chegamos a um mundo pronto, sem responsabilidade por cada experiência que nos atravessa ou de achar que a compreensão do mundo externo é suficiente sem uma clareza direta do nosso mundo interno, desse mundo das aflições que nascem e vivem sei lá onde.
Nossa experiência em primeira pessoa é tão óbvia e tão imediata que esquecemos de reconhecê-la, mal conseguimos descrevê-la. Somos como um peixe sem saber o que é água.
Que tal nos familiarizar, investigar, mapear, explorar nosso mundo interno movidos pela mesma curiosidade com a qual viajamos para outros países, experimentamos bebidas, vemos filmes, observamos comportamentos, estudamos leis e equações, debatemos opiniões, ouvimos notícias desse mundo aparentemente externo.
E se você tivesse uma câmera que apenas captasse imagens sutis, internas, profundas, para onde a levaria? Em quais experiências da vida você gostaria de dar zoom, de ganhar clareza?
Bom Voyage!...
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