DA MASSA DEPENDE O FUTURO DE NOSSA RAÇA
A lição da história é sempre clara: Jamais tente explicar por meio de lugares-comuns algo que começa a acontecer com a massa.
Jamais diga, sem uma maior reflexão, “os protestos são apenas contra o aumento da passagem”, “os protestos são apenas manobras de partidos da oposição”, “os protestos são realizados por jovens baderneiros”, “os protestos vão acabar quando os campeonatos de futebol começarem".
Nas manifestações, ao invés de “mandar” e “obedecer”, há apenas o “compartilhar”: compartilhar passos, palavras de ordens e a mesma vontade de mudar coisas que, consensualmente, parecem estar muito erradas. Quanto aos participantes, as motivações são várias.
A verdade é que, independente dos motivos de cada um, há uma crença por trás de todas as muitas razões para se colocar o pé fora de casa e participar de manifestações como as que estão ocorrendo em diversas capitais brasileiras. Trata-se da crença de que todos os cidadãos, unidos apesar de suas diferenças e sem obedecer a líderes, são capazes de transformar a sociedade, ainda que um pouco, quando perdem o medo de ocupar espaços públicos.
Um protesto pode ser uma grande corrente ou apenas algumas ondas de um movimento maior. A corrente pode ser pequena como um rio ou vasta como um oceano, causar pequenas ondulações ou estar presente em um maremoto. O importante é percebermos o movimento das ondas. É como se o motivo do protesto fosse uma gota d'água na paciência da população .
O curioso é que, a partir do século vinte, o conhecimento total da humanidade está dobrando uma vez a cada década, e esse ritmo está se acelerando. Com a internet, essa velocidade aumentou ainda mais, em algum ponto próximo ao atual, o conhecimento total da humanidade dobrará a cada hora. Logo a seguir, talvez, a cada minuto.
Qual o reflexo disso em nossas consciências? Qual o reflexo disso na estrutura de nossa sociedade?
Filhos da era em que o conhecimento humano dobra de tamanho a cada instante, todos aqueles que participaram dessas manifestações possuem mais acesso a educação e a informações do que qualquer sujeito medianamente educado possuía na época da Revolução Francesa. Logo, não quero crer, que são idiotas facilmente manipulados por partidos ou organizações de oposição, não são pessoas mal informadas que ocupam as ruas sem consciência da exata natureza de seus atos.
Além disso, esses manifestantes compartilham informações rapidamente através da internet e de suas redes sociais, registram tudo o que ocorre nos protestos com o uso de câmeras e smartphones (o que não deixa de ser irônico: utilizar bens e serviços estimuladores do consumo humano para questionar o próprio sistema que se beneficia desse consumo). Logo, o controle das imagens e das informações não pode mais ser monopolizado pela mídia, não pode ser mais manipulado pela grande imprensa, pois qualquer um de nós pode registrar o que realmente ocorreu durante os protestos.
As manifestações que ocorrem no Brasil é prática comum no resto do mundo.
Há, em todas essas manifestações ao redor do mundo, um sinal de que a consciência coletiva está pressionando multidões ao redor do planeta a implementar transformações importantes, concretas e efetivas para aprimorarmos o mundo? Quantos de nós bastam para, mudando de atitude e consciência, transformar a atitude e a consciência de toda a humanidade?
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